quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Anelo


Sei que o tempo não passou para aqueles que se lembram,
Que o horizonte nos convida a desafiar o amanhã
E que, apesar das dificuldades, enxergamos o conquistar...

Sei, é preciso vivenciar cada passo de um filho
Procurar, ainda que no escuro, apalpar seus sentimentos
E esperar que, apesar do tempo que não pára, devemos parar para amar...

Sei que dói a necessidade de decidirmos por parar ou prosseguir
Que ainda que queiramos, temos que enfrentar o porvir
Sei que amanhã pode não existir, por isso é preciso amar...

Anelo! Ah! Como anelo consertar os erros que já não têm conserto...
Porque o tempo além de não parar, não retrocede...
E a sede que me instiga a refazer agora, hoje não passa de dor!

Sei que as palavras que hoje as tenho nos lábios querendo saltar freneticamente
Não mais podem ser ditas e, se forem em vão se dispersarão no ar
Pois as folhas secas nada mais representam para um jardim cheio de vida.

Dói o fato de entender que o futuro pode ser mudado, porém ao passado só cabe o descansar
Devo – ainda que forçosamente – tentar impedir que mais folhas caiam
Sem que tenham servido ao menos como sombra...

Escrito em 07/08/2009

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