quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ilha

Não sei se é a hora certa para voltar a escrever... Já faz um tempo! Contudo, a vida prossegue.
Acho que nunca choveu tão forte em meu coração... Talvez eu nunca tivesse amado e desejado tanto!
Ainda não posso afirmar que com o passar do tempo a dor está aliviando... A ficha nunca quer cair!
Tempestades... Dizem (acho que para nos consolar!) que elas são passageiras apesar de fazerem um estrago!
Não consigo entender absolutamente nada, nada mesmo... E, talvez eu nunca venha entender!
Esquecer o que nem mesmo começou... E o tempo ainda diz que vai doer!
Voltar para casa - a mesma rotina - e embrulhar os sonhos que um dia sonhavam em serem realizados...
Sonhei com você, sonhei com nós dois, sonhei e vivi intensamente o desejo de estar com você, ter filhos com você, caminhar ao seu lado, sentir seu cheiro, abraçar-te, roçar-te, tocar-te!... Apenas sonhei!
A tempestade continua derrubando muralhas fortificadas! Muralhas que levaram dois anos aproximadamente para serem erguidas! Você não sabe, ninguém sabe...
E, talvez ninguém nunca vai saber! Nem mesmo você!
Como eu gostaria de matar essa dor! Como dói! Dói demais!
Esperei sem ser esperada...
Na verdade, eu não soube aproveitar as oportunidades... E elas se foram... Pra sempre?! Só Deus sabe!
Hoje sou uma ilha deserta sem sonhos, sem aspirações e me pergunto: será que isso vai passar?
Espero que sim...
Sei que não adianta ficar me torturando, me culpando pelo que não fiz: declarar-te!
Quero, contudo, acreditar que vai passar, tem que passar, precisa passar!
Amei-te sem você ter a certeza disso.
Desviei meus olhos dos teus quando devia tê-los encarado nos teus!
Acovardei-me mil vezes ou até mais no momento de ir ao seu encontro. Tolice minha.
Conselhos não faltaram para eu ir à luta. É... Parece que perdi uma batalha que decidiria minha vida!...
A âncora do seu navio ainda está próximo ao meu coração.
A ilha que sou eu que sonhava em te esperar e em te amar está perdida, completamente perdida na imensidão do mar... Salgado mar! Lágrimas de sal... O sal dos meus olhos de mar que não cessa de chorar!
A flecha que no meu coração foi lançada está cortando!
O sangue pulsa forte, latente, doente... De ti!
Dói não saber o que virá!
Até!

Catalão, 08/09/2011

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