terça-feira, 31 de maio de 2011

Descortinamento

Querendo dormir, porém impossibilitada, penso em nós...
Pois mais uma vez você me leva o sono...
Passível de erros me torno,
Você acerta o alvo : meu coração!

Ao me olhar, você me descortina...
Aí então me prostro diante desse sentimento
Que, atrevidamente, reside em todo meu ser
E eu, ainda que sem tocar os pés no chão, me entrego...

Já não há tempo, espaço ou lógica
Nem números, nem letras - fórmulas ou poesias...
O retrato que se pinta diante deste amor
É um abrir de cortinas da sublime imaginação...

Tudo parece não mais transcorrer horizontalmente...
Diante de tudo o que você me faz sentir, me descortino.
Já não há mais privacidade
Pois meu coração se tornou propriedade sua...

Teu olhar de descortinamento, teu cheiro de hortelã...
Cabelos ornamentais que convidam-me para dançar.
E me torno como uma criança ingênua e domável
Suplicante pelo teu colo, amparo e amor...

Eu, poeta que sou, me pêrco em meio às palavras...
Nada é suficiente para contar você.
Finalmente o seu tudo  me invade
E, como um fugitivo faminto, rendo-me a ti.

Escrito em 31/05/2011

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