sábado, 21 de maio de 2011

Poemas

Um dia perguntaram-me o porquê ou para que escrever poemas, respondi que não os construo, eles apenas pedem para sair daqui de dentro.
Dentro de onde, dentro por que?!
Não sei bem, é que quando se nasce poeta, se nasce mãe também.Como assim?
A dor do parto é dolorosa, porém compensativa mil ou mais vezes do que isso.
A dor do amor é assim semelhante - dói, pede para sair e então sai...
Mas e a felicidade de estar amando?
É incrível, mas também dói : o medo de perder ou de morrer no dia após o outro que se descobriu para o amor...
Não tem jeito mesmo - poeta é poeta sofredor...
Um dia lamenta porque chora sozinho à procura de um amor
Outro dia chora porque teme que o "pra sempre" tenha um fim
Ou ainda porque descobre que ama sozinho...
E assim vão passando os dias, vão se lamentando as lágrimas
E o poeta vai também se delirando de tanto amor...
Amor não fingido, amor escondido, amor eterno, amor de dor!
E talvez o mais ilário disso tudo é que na alegria ou na tristeza
Na esperança ou na incerteza,
O poeta só pensa em amor!

Escrito em 29/04/2011

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