domingo, 22 de maio de 2011

Minutos

Hoje à tarde eu estava vendo você sem, contudo, ser vista.
E fiquei imaginando-me em você...
Senti uma vontade louca, porém pura, de te tocar.
Sentir a textura da sua pele morena - me parece que macia...
Fiquei com vontade de apertar as suas mãos e entrelaçar meus dedos nos seus...
Fiquei observando-o por minutos na tela do computador (sim, porque pessoalmente eu não conseguiria esse feito!)
Contemplei seu olhar meigo e sutil...
Descobri algumas pintas espalhadas e bem projetadas no seu rosto.
Vi você por um outro ângulo...
Debrucei-me neste papel para descrevê-lo,
Mas confesso que minha vontade era de tê-lo perto, bem perto...
Fiz uma longa viagem nos fios dos seus cabelos negros
E essa negritude fez-me lembrar das minhas noites solitárias...
Escrevi você sem ao menos você se dar conta de tudo isso!
Observei fielmente o contorno de suas mãos delicadas, estudiosas...
Estas poucas linhas foram construídas na mais simples e secreta admiração
E também não posso ocultar, na indescritível e imensurável vontade que tenho de ter você.
Gosto de você.Não sei como é o seu perfume, nem jamais senti o aperto de suas mãos.
Pra falar a verdade, poucas vezes flagrei-te observando-me (mesmo porque isso parece ser tareja minha, não é mesmo?!)
Mas por todas estas poucas vezes, te desejei!
Se algum dia a possibilidade de sermos nós vier a existir, declararei que esta carta não foi mera inspiração de um poeta...
Se, todavia, essa possibilidade for platônica, ficam apenas estas linhas que alguém escreveu por ti.

Escrito em 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário