Apaixonei-me ao te ver nua por um espelho...
Você, inocentemente, esqueceu de fechar as cortinas!
Eu, por sorte, estava doente e acamado...
Em pé para descansar-me do leito, na janela te contemplei.
Mesmo sem forças, o coração se sentiu potente
Diante da beleza de mulher madura...
O vestido que não lhe coube
Foi a minha alegria para te ver, Lílian, mais uma vez nua!
Linda, amadurecida, você me parecia a esperança...
Encontrei no teu leve sorriso e no teu suntuoso corpo
Alegria de viver, prazer em renascer...
Mesmo doente, com dores terríveis, te amei!
Lílian, desejei-te ao ponto de invejar aquele espelho
Ou aquele outro lindo vestido que lhe serviu...
Com o corpo trêmulo de desejo, eu quis rasgar as cortinas
Na esperança de que jamais elas se fechassem...
Por sorte, nem mesmo a morte, me faria esquecê-la:
A linda mulher do espelho pela qual me apaixonei!
Ainda doente, necessitando de cuidados, eu quis cuidar de você,
Quis ser o seu remédio ou o seu vestido que lhe desse prazer!
Estes versos, amada Lílian, foram feitos
Porque, pela janela, atravessando as cortinas,
E através do teu pequeno espelho, te descobri...
E hoje estou curado e me coloquei de pé para somente te possuir!
(Pseudônimo: Luís Marcos)
Escrito em 05/07/2011
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