Na cama reviro-me procurando teu corpo macio,
Busco resquícios de teu cheiro doce e insinuante...
Deliro-me quando, ao apalpar-te, sinto-te nua
Com uma voz tão convidativa, incita-me ao amor...
Quando a noite chega, nos compensamos...
Nossos sedentos e vorazes corpos entrelaçam-se.
Ninguém à espreita - tudo em silêncio.
Somente nós rompemos a barreira do som...
Como quando na primeira noite nossa de amor,
Nossos membros se procuram, se consomem de prazer.
Eroticamente falamos outras linguagens
Na tentativa de cristalizarmos o que sentimos.
A vida noturna, prestes a terminar
E nós nos amando em absoluto escuro...
Misturamos o choro, os gemidos, o suor
Ainda o sangue, a dor e o prazer...
Enquanto todos dormem,
Nós acordamos para nos satisfazermos
De uma forma sensualmente louca demais
E assim conseguimos mudar a rotina da vida noturna...
Corpos cansados, suados, desesperados de ardente paixão.
Vozes embriagadas, soluçantes em sublimação...
Não sabemos se sussurramos ou se cantamos uma canção,
Somente transformamos, em nossos corpos, a noite em inspiração.
(Pseudônimo : Luís Marcos)
Escrito em 01/07/2011
Uau! gostei muito desse poema. Revelador mesmo... Pena que, na última palavra, tudo ficou na "inspiração"...
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